quarta-feira, 17 de março de 2010

Não dá pra negar.

Que engraçado eu querer tanto você aqui, agora. Você, que em nenhum momento esteve aqui. Você, que chegou como qualquer outra pessoa que não faria a menor falta. Você, que não acrescentaria nada em mim. Te quis tanto em frente àquele palco, te quis tanto dançando aquela música. Depois te quis sentada no sofá, em cada cigarro que você fumava. Logo eu, que sempre detestei qualquer coisa que poluísse meu ar, qualquer coisa que incomodasse os meus amigos, qualquer coisa que fosse sua e não fosse minha... Te quis quando você passou a mão no meu ombro e te quis ainda mais quando você disse pra eu não ter medo do mundo. Te quis tanto. Tanto quanto estou te querendo agora, enquanto espero alguém que já nem sei quem, chegar... Não sei quem, porque você me cegou. E fico me perguntando a maior parte do tempo porque é que você veio. Veio pra tocar seu violão? Veio pra cantar uma canção? Ou será que veio pra mudar a minha vida? Me odeio por dar tanta importância à alguém que sei foi sem me levar, se foi sem deixar rastros... Na verdade, o que acontece, é que você deixou rastros demais. Deixou telefone, deixou mensagens, deixou seu cheiro. E pra quê? Se você sabe que não vou te procurar. Eu não vou saber viver com seu jeito petulante e o seu ar de sabe-tudo. Eu não vou subir na sua garupa e eu não vou fazer parte da sua vida. É por isso que eu não te perdôo e é por isso que eu não vou me perdoar nunca. Você tem tudo o que eu odeio, ainda assim, me tirou de mim. Deve ser exatamente esse o motivo que me leva a escrever esse texto, quando eu poderia estar fazendo qualquer coisa que prestasse.

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