Procurei o dia todo, uma maneira bonita de dizer qualquer coisa… Procurei enquanto tomava banho e desejava que aquela água, nem muito quente e nem muito fria, caindo cuidadosamente sobre o meu corpo, pudesse tocar também a minha alma. E que sem transtornos, ela pudesse levar embora qualquer peso que já não me pertencesse, qualquer parte que já não me fizesse falta. Então, à tardinha, me sentei sob um azul claro e puro que quis me cegar. Quando enfim aceitei, aquela luz me inundou... Parei de procurar formas profundas de usar as palavras... Sentada ali, sozinha, percebi que a profundidade se encarregaria de me encontrar, sem pressa. Quando eu a tivesse esquecido e distraída com a vida, já não a buscasse mais. Entreguei-me àquele momento em que as perguntas ficavam no passado. A paz preenchia de uma só vez, todas as lacunas. Não queria mais respostas. Não precisava delas. Ou pouco a pouco, acabei por me convencer de que elas não existiam. Mas eu existia. E ainda segurava firme o guarda-chuva que a tempestade não conseguira carregar. Eu ainda sorria. Ainda tinha muito amor, e aquela velha vontade de TUDO, não precisava ir embora... A vontade de viver poderia ser eterna. E ainda que tudo passasse, ela permaneceria.
Nem sei o que comentar, sempre imaginei que 'a Vick deveria escrever, ela deve escrever coisas tão boas', tenho vergonha de nunca ter passado pela minha cabeça perguntar se você escrevia. Mas eu tenho um consolo, distraída como eu estava eu 'encontrei a beleza' aqui, exatamente como você disse no texto :)
ResponderExcluirE não decepcionou em nada minhas expectativas!
beijo flor
lindo texto, querida (: parabéns, beijos.
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