domingo, 14 de novembro de 2010

Desfeito.

Mensagens de "se cuida" no celular e um frio de rachar até os lábios da gente. Ninguém viu, ninguém soube, mas enquanto uma chuva fina caía lá fora, algo se quebrava aqui dentro. Sou eu o teu avesso, sei bem. Mas foi isso que trancou tua porta? A minha, o teu passado emperrou. E por isso escrevo. Escrevo porque sentimentos emperrados, quando escritos, se escancaram. Escrevo porque você seguiu a tua estrada e eu segui a minha. Tuas mãos não estão mais nos meus quadris. Lembrei-me de você dizendo certa vez que eu te fiz "voltar a ver". Aquilo me deu uma paz... Botei Peninha pra tocar. E uma frase doída dele ficou me mechendo inteira. Sabe aquela? "Eu só quero que você se encontre". Peninha repetindo e eu balançando a cabeça positivamente. A gente não se machucou. A gente não se doeu nem por um minuto sequer. A gente se quis e se teve e de todas as paixões, penso que você era aquela que facilmente teria se transformado em amor, se tuas confusões não tivessem sido muitas. Se a vida entre nós não tivesse sido tanta. Você nem mesmo precisava ter partido. Lembra? Lembra o que eu lhe disse naquela noite fria? Lembra o que eu lhe disse no fim? - Quem sabe um dia, a gente vai se ter de novo... - É baby, quem sabe um dia... Mas, por enquanto, "não tem revolta não".

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