Outra vez estou com medo. Parece mentira, mas foi sempre mais fácil ter fé na solidão e esperar que o amor, no auge de outro descompasso, se transformasse em texto. Falar do fim sempre me pareceu mais real. E estar descrente diante à espera, tornou-se a forma mais segura de sobreviver. Então você vem. E derepente, eu tenho vontade de rasgar essa roupa que me vestiram. Porque você, assim como eu, entende como fere. Vai machucar se eu me despir mas talvez, machuque ainda mais se eu continuar como estou. Já tive menos medo do mundo. Meu Deus, o tempo não tem compaixão. É tão cansativo e bobo viver do que hoje é nada. Mas você vem e eu tenho tanta vontade de te entregar toda a minha dor. E toda a minha alegria também. O meu vazio e o meu cheio. Pra você não se assustar com a minha pressa. O que era fácil agora é cinza, baby. Eu quero o seu abraço inteiro. Em pedaços, já basta o meu coração.
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