quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Demodê.

Sinto-me algumas vezes como uma carta endereçada à lugar nenhum. Ou quem sabe, como um livro que veio sem dedicatória. Sempre achei bonito essa idéia de poder entregar minha história à alguém. Mas a verdade, é que me pergunto inúmeras vezes ao dia: À quem, meu Deus? Na gaveta da minha vida, tantos rabiscos inacabados esperando por uma chance, quem sabe, de existir. Parece que a música que ouço, toca em disco de vinil. Ando tão fora de moda... Fico pensando se é necessário medir as palavras em conta-gotas. Se tenho mesmo que guardar meus "quereres", eternamente. Quanto suportará esse vestido de renda que só faz me esconder? O tempo não para pra ninguém. As pessoas não param. O dia lá fora tá tão lindo. Juro que tem um beija-flor na minha janela. Parece leve, visto daqui. Indiferente à essas coisinhas pequenas que ficam ferindo a gente, dias e dias, e parecem a morte. Sabe, talvez não exista dor pra quem nasceu com asas. Quando crescer quero ser um beija-flor.

2 comentários:

  1. Lindo este espaço aqui. Faz alguns meses você comentou no meu blog, e eu (pode me chamar de idiota!) só fui ver agora... Enfim, se me permite, passarei aqui mais seguido. Um beijo.

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  2. Muito bom, gostei dos textos e de algumas partes em especial (normal, sempre encontramos alguma coisa que relacionamos nos textos)
    continue escrevendo, tem um novo "seguidor" ;D

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